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Sem Propriedade Privada, sem Liberdade

Artigo de Opinião por Raphael Ribeiro, Associado I do Instituto Líderes do Amanhã

Há diversas discussões em torno dos valores que constituem a moral e os libertários estão constantemente defendendo pontos essenciais para manutenção do livre pensar, sendo guiados pela moral oriunda da tradição antiga. Entretanto, a discussão sobre propriedade privada é algo controverso e torna-se um validador dos reais defensores da propriedade privada, sendo essa um valor essencial para a perpetuidade da liberdade.


A propriedade privada é um dos conceitos mais antigos, assim como a família e, segundo Hayek em sua obra “A constituição da Liberdade”, esses dois conceitos, são instituições essencialíssimas para promoção e manutenção dos valores libertários. Pois, a família é a guardiã das tradições morais e a propriedade privada é o local de máxima ação individual no que tange ao exercício da liberdade, visto que pode e expressar da forma que bem entender sem julgamentos e retóricas coletivistas, pois é seu território e pode estruturá-lo dentro de seu compasso moral. Essa máxima permite a evolução da sociedade, um conceito de Hayek, Mises e tantos outros liberais, de que o homem, como indivíduo primeiramente, e depois sua necessidade de manutenção de seus bens, permite que através de suas propriedades possa avançar ainda mais com suas ideias, mesmo que as mais absurdas ou idiotas.


E exatamente nesse ponto é que os imorais coletivistas visam o compartilhamento mútuo de tudo, pois, assim, os indivíduos perdem a habilidade de ser diferentes e facilmente são controlados por um Comando Central único.


A ideia, inciada em Marx e Angels sobre a propriedade privada, é um artificio dos burgueses para escravizar a classe trabalhadora e promover a manutenção dessa hierarquia social. Essa condição, congela qualquer individuo, impossibilitando sua ascenção nas classes e a opressão daqueles que criam a riqueza de fato, se trata de uma ideia absurda, porém brilhante para desconstruir todo o conceito libertário, pois se tudo é comum a todos, ser diferente é algo criminoso. A partir dessa base criada, a extinção do templo de liberdade máxima impede que o individuo consiga ter ideias diferentes da sociedade e do estado messiânico, o auto sacrifício pelo bem de todos é obrigatório e por fim, todos continuam no marasmo e subjugação pelo bem de todos.


Destruir o conceito de propriedade privada é remover a sustentação da Liberdade, pois se trata de um valor necessário para mantermos a evolução no que tange a eficiência da utilização dos recursos disponíveis. O conceito de escassez também abrange as propriedades e isso movimenta o indivíduo a buscar alternativas de potencializar os recursos disponíveis para a melhoria da qualidade de vida. Na ausência desse conceito, o homem permanece inerte visto que não há o que conquistar e melhorar, pois não há porquê, o único problema da igualdade contínua é a pobreza, pois esse é um dos pontos críticos e controversos quando apelam para a extinção da propriedade separada, como diria Hayek.


O economista Ludwig von Mises defendeu essa máxima em suas obras sobre a essencialidade da propriedade privada para proporcionar a melhoria na qualidade de vida, uso dos recursos finitos disponíveis e disrupção tecnológica em diversos segmentos. Há diversas ideias utópicas visando anular a propriedade privada com o discurso de promover a igualdade social, mas por fim, a verdadeira agenda é a castração da liberdade de todos e se não há propriedade privada, tampouco há liberdade. Que a defesa desse valor essencial seja presente nas ideias dos libertários, pois caso contrário, o futuro da liberdade estará totalmente ameaçado.


Raphael Ribeiro, Associado I.

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