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Resenha - Economia em uma única lição

Resenha Crítica - Por Mateus Oliveira, Associado III do Instituto Líderes do Amanhã


Henry Hazlit nasceu em 1894 na Filadélfia, foi um economista, jornalista e filósofo influenciado pelas ideias liberais. Além disso, ele é reconhecido como um grande divulgador da Escola Austríaca de Economia nos Estados Unidos, foi um dos primeiros a escrever sobre Escola Austríaca em inglês. Em seu livro “Economia Em Uma Única Lição”, sua obra de maior sucesso, com uma linguagem simples para o leitor, buscou analisar as contradições existentes entre os discursos por trás das políticas governamentais e as consequências que a sociedade sofre na prática e principalmente como grupos diferentes podem ser afetados com essas ações.


O autor faz uma análise de como os erros econômicos mais comuns na vida pública de uma nação influenciam negativamente o desenvolvimento da economia e afetam a vida de todos os indivíduos, e até mesmo aqueles que, em teoria, seriam beneficiados. A grande questão levantada é que toda política econômica tem dois modos de ser analisada, e que geralmente, apenas o primeiro é considerado: o benefício para um determinado grupo no curto prazo e o impacto para o restante da sociedade no longo prazo. É o que o autor chama de “subestimar consequências secundárias”.


Na obra, Hazlit, se utiliza de vários exemplos para desenvolver essa ideia. Ele deixa claro que a única função que o Estado deveria ter é a de desenvolver o livre mercado. Assim, as medidas que são desenvolvidas em prejuízo à manutenção do mercado são combatidas em suas falas. Outro ponto interessante é que ele traz a comparação entre salário e produtividade, algo que não é discutido com correlação sendo que a grande realidade é que o salário deriva da produtividade do indivíduo. Assim, destaca que para haver o aumento do salário é necessário que a produtividade cresça na mesma proporção.


Portanto, qual é a única lição que o autor quer ensinar na obra? Basicamente que as decisões governamentais devem ser tomadas com visão a longo prazo e pensando em todas as pessoas que serão afetas por aquela decisão e não pensar em uma decisão simplista que possa prejudicar a muitos futuramente. Dentre tantos bons exemplos e evidências, podemos relacionar diversos deles ao cenário global recente, com a atuação governamental cada vez mais tentando impor medidas de controle de preços de produtos, de aluguéis, dentre outros, na esperança de que tais atos tragam algum benefício para certo grupo, sem considerar, porém, as consequências dessas políticas para o todo.


Por fim, podemos concluir que, a obra incita que seja realizada a análise não só dos efeitos imediatos das tomadas de decisões, mas que também sejam analisados os efeitos secundários a longo prazo. Assim, o autor deixa claro que não existe fórmula mágica para o desenvolvimento econômico, afinal, a economia não é um jogo de soma zero: sempre que uma medida governamental busca levar benefícios para determinado grupo ou setor, o restante dos indivíduos sofrerá um impacto negativo, e terão que pagar a conta, graças a essa medida.


Mateus Oliveira, Associado III.

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