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Resenha - A ascenção do dinheiro
Resenha Crítica - Por Mateus Oliveira, Associado III do Instituto Líderes do Amanhã
Niall Campbell Ferguson é historiador e professor escocês, atualmente reside nos Estados Unidos e é professor da Universidade de Harvard. Em sua obra de maior destaque, “A Ascenção do dinheiro”, dividida em 6 capítulos, basicamente ele busca nos contar a respeito da história do dinheiro. Mas, além de ilustrar todo o desenvolvimento e procedimento da moeda ao longo dos anos.
Inicialmente, é abordada a lógica do dinheiro, afinal, nem sempre tivemos uma moeda. Independente de se tratar de uma moeda, papel ou até mesmo uma criptomoeda, a função do dinheiro sempre se manteve: a representação de um bem que o indivíduo está disposto a trocar por uma prestação de serviços ou um bem de consumo. Niall aborda a respeito dos primeiros banqueiros existentes no mundo, os Médici. Além disso, aborda os Bancos de Câmbio de Amsterdã e Estocolmo e a criação dos Bancos de Poupança.
Ao longo da evolução das relações humanas, os governos adquiriram muitas dívidas, devido aos cenários de guerras mundiais que demandavam gastos extraordinários. Devido à necessidade da retomada econômica, solicitavam empréstimos aos indivíduos daquele determinado local e, em troca, concederia títulos. Com o advento da bolsa de valores, que nasceu em um espaço de poucos anos de diferença das companhias acionárias, logo que surgiram as ofertas públicas de ações, surgiu também um mercado secundário para suas compra e venda.
Mais adiante, o autor explica que as crises da bolsa de valores têm suas bases em crises políticas e econômicas que as antecederam. Em 1929, os Estados Unidos foram tomados pela Grande Depressão, que durou uma década inteira, com efeitos econômicos consideráveis para a implantação do caos. Além disso, Niall cita o seguro como uma maneira eficaz para lidar com as crises. A regra básica do seguro é poupar antes que surja a crise.
Não obstante, esse mostra que o imóvel deixou de ser considerado um bom item de investimentos, mesmo que seja reconhecido como uma propriedade. Tendo diversos incentivos do governo para compra de imóveis, possibilitou-se a criação de impérios imobiliários. Chegamos ao final com a apresentação da Chimerica. O termo cunhado pelo autor para especificar a junção de China mais América, uma parceria que conseguiu baixar as taxas de juros globais, sobretudo em decorrência de empréstimos.
Segundo o autor, uma das maiores ameaças ao sistema financeiro foi o florescimento dos chamados “pistoleiros econômicos” que se aproveitavam da taxação e da supremacia do dólar. A China tem a economia que mais cresce no mundo e conseguiu até hoje evitar crise comuns aos outros mercados emergentes.
Assim, podemos concluir que cada vez mais ocorre uma inversão de papéis para os Estados Unidos. O país sai de líder financeiro mundial para uma nação que luta e precisa de assistência externa. Isso porque, ao invés de pouparem, preferiram gastar sem que fosse feito o seguro, ou seja, que se planejassem para os momentos de crise.

Mateus Oliveira, Associado III.