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Por que o mito da regulação da Inteligência Artificial não faz sentido?

Artigo de Opinião por Elimar Lorenzon, Associado I do Instituto Líderes do Amanhã


A rápida expansão da Inteligência Artificial (IA) tem suscitado uma diversidade de opiniões. Assim como ocorreu com a internet no século passado e a alquimia na idade média, a IA também enfrenta críticas e ceticismo. No entanto, será que impor regulamentações é a abordagem adequada para lidar com essa tecnologia fascinante, porém ainda pouco compreendida?


Um dos principais argumentos para regulamentar a IA é o fenômeno das fake news, em que a tecnologia se mostra capaz de criar conteúdo falsos com riqueza de detalhes em questão de segundos. Entretanto, deve-se considerar que esse problema não é inerente à IA. Antes mesmo de sua existência, já havia conteúdo enganoso sendo gerado intencionalmente ou não, dentro e fora da internet. Responsabilizar a ferramenta por ações errôneas dos indivíduos é injusto, pois são eles que devem assumir a responsabilidade pelo que produzem e consomem.


Outro ponto frequentemente levantado é a questão dos direitos autorais e a transparência das bases de dados utilizadas pela IA, que podem estar enviesadas por interesses diversos. Contudo, é importante ressaltar que já existem leis para proteger a propriedade intelectual e combater a falsificação, assim como sempre houve fontes de informações com inclinações políticas.


Questões como essas são enfrentadas diariamente, independentemente da presença da IA. Regular demais a tecnologia pode dificultar sua adaptação e aplicação em soluções que impactem positivamente a qualidade de vida das pessoas, limitando seu caráter inovador e transformador, que precisa ser mais discutido e difundido entre os céticos e os que defendem cegamente a regulação.


Portanto, ao invés de impor restrições desproporcionais à IA, é crucial investir em educação e reflexão da sociedade sobre o uso responsável dessa poderosa ferramenta. Responsabilizar a IA por ações ilegais é uma maneira de desviar o foco dos reais problemas e eximir indivíduos de suas responsabilidades. Regular a Inteligência Artificial pode representar uma terceirização dos desafios existentes, além de criar barreiras que impedem o potencial de contribuição dessa tecnologia para a humanidade, em termos de eficiência, inovação e produtividade.


Elimar Lorenzon, Associado I.

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