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O PAÍS ESTÁ MENOS DESIGUAL E MAIS POBRE, O QUE ISSO REPRESENTA?
Artigo de Opinião - Por Mateus Oliveira, Associado III do Instituto Líderes do Amanhã
Como a melhor forma de combater a desinformação são os dados, a narrativa de que os ricos estão mais ricos e os pobres cada vez mais pobres, é uma falácia. Conforme recente estudo realizado pelo IPEA, a renda dos mais ricos apresentou uma queda maior do que a dos mais pobres no primeiro trimestre de 2022.
Diversos segmentos ficaram quase um ano sem funcionar e sem uma proposta de mecanismos para o retorno das atividades. Isso ocorreu principalmente com o setor de eventos. Ou seja, os lucros durante a pandemia foram freados em todas as classes sociais.
A única classe que seguiu sem riscos financeiros e profissionais foi o funcionalismo público que, mesmo com os gastos extraordinários que o governo precisou realizar para frear os avanços da pandemia, continuou com o pagamento do seu salário em dia.
Existe um discurso alimentado por ideológicos de esquerda de que devemos combater a desigualdade social. Entretanto, o país está menos desigual, mas o movimento não foi de enriquecimento dos mais pobres e sim da queda da renda dos mais ricos. O verdadeiro combate que precisa ser feito sobre a ética liberal é a pobreza. Essa é uma luta que o Estado desempenha com muita eficiência. Afinal, não é responsabilidade do Estado gerar empregos e sim do empreendedor: a obrigação do Estado é facilitar o caminho para que o empreendedor consiga desenvolver a sua atividade econômica sem que o governo o atrapalhe, o que é o grande problema.
Em uma de suas falas, o ex-primeiro ministro inglês Ronald Reagan declarou que o melhor programa social que o governo pode desenvolver é o emprego. E isto é um fato. Ainda segundo o político sobre o sucesso dos programas sociais, foi ao afirmar que um programa deve ser avaliado não pela sua adesão, mas sim pela quantidade de pessoas que se desligam dele. O que deve ser comemorado é quando um indivíduo deixa de depender do Estado e assume o autocontrole da sua vida. O maior equívoco que a esquerda comete é crer que o pobre se importa em questionar como está a desigualdade social, quando na verdade o pobre deseja se desligar daquela situação e ter no início do mês terá um emprego que permita com quem quite as contas e arque com as despesas da casa.

Mateus Oliveira, Associado III.