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Netflix e Disney - Um Duelo no Livre Mercado

Artigo de Opinião por Leonard Batista, Associado III do Instituto Líderes do Amanhã

Tecnologia que permite consumir filmes, séries e músicas através da internet, o streaming se tornou popular na última década. Um de seus principais benefícios é a possibilidade de acesso a um acervo de conteúdo que seria mais difícil de acessar fisicamente, dados os custos de cada mídia física (como CDs e DVDs) separadamente.


Como pioneira no negócio, a Netflix cresceu e atingiu seu ápice no quarto trimestre de 2021 ao atingir mais de 221 milhões de assinantes em todo o mundo. Um grande resultado veio no auge da pandemia da COVID que, ao aumentar o tempo das famílias em casa, criou um ambiente propício para que os serviços de streaming crescessem significantemente. Nesse cenário, além do destaque da Netflix houve também o crescimento e surgimento de outros concorrentes, sendo o principal deles a gigante Walt Disney.


As estratégias utilizadas pelas empresas se mostraram diferentes ao longo dos anos. Enquanto a Netflix foca em um único canal de streaming, a Disney possui uma capilaridade maior e possui desde Disney+, ESPN+, Star+, Hulu e até canais de críquete focado no público Indiano.


Em um cenário de maior concorrência, no segundo semestre de 2022 a Netflix, pela primeira vez em sua história, registrou uma queda no número de assinaturas e caiu para 220,67 milhões de assinantes, já a Disney subiu para 221,1 milhões e, com isso, e tornou líder de mercado no setor.


Nesse sentido, é importante citar a diferença da história de formação das duas gigantes. A Netflix surgiu a partir do sistema de aluguéis de mídias físicas, e tinha como sua grande concorrente a gigante Blockbuster (líder no mercado de aluguéis nos Estados Unidos à época). Com a evolução da internet, se tornou pioneira dos serviços de streaming em todo mundo. Por outro lado, a Disney, antes de criar seus próprios serviços de transmissão de conteúdo online, já dominava estúdios e grandes sucessos de bilheteria no cinema. Dessa maneira, chegou ao mercado digital com seu público já cativo e com um acervo admirado em todo o mercado do cinema.


Dessa forma, a “disputa para atrair cada vez mais assinantes” pode ser traduzida para “uma disputa para entregar um serviço cada vez mais admirado”, fenômeno constante em mercados de livre concorrência. Todavia os resultados vão muito além de produtos melhores, é preciso analisarmos toda a evolução que a concorrência do streaming tem deixado. Desde 2020, podemos dizer que deixamos de lado serviços como:

  • Aluguel de fita cassete (ou DVD) em uma loja física – serviço que poderia custar em um final de semana o que hoje custa 1 mês de Netflix ou Disney+. Com o surgimento do streaming, a prática foi abandonada, dado ao maior leque de opções e também pela não necessidade de deslocamento ou concorrência por certos títulos.

  • Downloads piratas de filmes – Muitos usuários passaram a utilizar a internet para assistir seus filmes muito antes deste serviço estar disponível de forma legal. Com o surgimento do streaming, a prática foi abandonada dada a facilidade e seu baixo custo.

Neste cenário de concorrência e livre mercado, os maiores beneficiados somos nós! Reduzimos nosso custo e aumentamos nossa satisfação! E nunca é demais lembrar: sem necessidade de intervenção estatal. Uma grande aula de liberalismo e capitalismo das gigantes do streaming.


Leonard Batista, Associado III.

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