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Gestão de Crise: Os setores de transporte e portuário frente à pandemia
Nesta série, os associados do Líderes contarão a realidade do seu setor frente aos acontecimentos relacionados ao COVID-19 e como estão lidando com as adversidades impostas pela pandemia

Desde 25 de fevereiro, data da confirmação do primeiro caso de COVID-19 no Brasil, a rotina de todos os brasileiros mudou. Nesse período, milhares de novos casos foram confirmados, o isolamento social passou a ser recomendado, endossado pela paralisação de escolas e universidades e até fechamento do comércio em diversas regiões. Enquanto isso, o Congresso e alguns estados, como São Paulo, epicentro da doença no país, decretavam Estado de Calamidade Pública.
No entanto, enquanto parte da sociedade para de forma a contribuir com a diminuição da curva de contaminação da doença e buscando evitar um colapso do Sistema de Saúde, alguns setores da economia foram classificados como serviços indispensáveis.
Esse é o caso do setor de transporte, que enfrenta um cenário de queda de produtividade. “70% das cargas movimentadas no estado são destinadas ao comércio e se o comércio está fechado, consequentemente gera prejuízo”, conta Bharbara Pretti, gestora na Pretti Cargas. Para minimizar os efeitos da pandemia, as empresas vêm buscando alternativas como “antecipação de férias, home office, banco de horas, operação mais enxuta, redução de equipe, entre outras medidas”, completa Bharbara.
Outro setor que teve que buscar alternativas para lidar com a crise foi o portuário. Segundo Letícia Novaes, controller do Porto Central, complexo industrial portuário em desenvolvimento no Sul do Estado, a maior mudança que se observa está relacionada às escalas nos navios. “Quem estava em terra não está podendo retornar para os navios e quem está em mar está tendo que dobrar escala”. No setores administrativos, adotou-se o home-office, enquanto a parte de operação continua funcionando, muitas vezes com equipes reduzidas.
Questionadas sobre qual o papel que o Instituto Líderes do Amanhã desempenha neste momento de incerteza, Bharbara aponta a rede de contato que ela tem acesso enquanto associada: “Conversei com várias pessoas do Líderes antes de tomar diversas medidas na minha empresa, pra ver o que outras pessoas estavam fazendo”. Letícia, por sua vez, destaca a responsabilidade individual, valor disseminado pelo Instituto ao longo de sua formação. “peguei pra mim a responsabilidade da minha área. Assumi realmente o que preciso fazer. Criei uma rotina nova, me adaptei a isso. Vejo que é em momento de crise que temos que mostrar trabalho, mostrar atitude”, completa.