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Descentralização do poder e o Indivíduo Soberano

Artigo de Opinião por Leonard Batista, Associado III do Instituto Líderes do Amanhã


"Não existe Estado. Não existe governo. O que existe é um indivíduo, ou um grupo de indivíduos, comandando outros indivíduos." - Rose Wilder Lane.


A frase inspiradora de Rose Wilder Lane desafia a todos a repensar a natureza do Estado e do governo, e a considerar a importância do indivíduo na construção de uma sociedade livre e próspera. É de suma importância explorar a essência da liberdade individual e defender valores fundamentais como vida, liberdade, propriedade privada e busca pela felicidade.


No cerne do pensamento liberal e libertário, encontra-se o reconhecimento do indivíduo como um ser autônomo e dotado de direitos inalienáveis. A vida é o bem mais precioso que um indivíduo possui, e é essencial garantir seu respeito e proteção. A liberdade, por sua vez, é a capacidade de exercer o livre arbítrio, de fazer escolhas racionais e responsáveis, dentro dos limites que não prejudiquem a liberdade dos outros.


Os liberais clássicos, como John Locke, defendiam a noção de que a liberdade individual é anterior à formação do Estado e que o governo surge para proteger essas liberdades naturais. No entanto, essa perspectiva não deve ser interpretada como um subsídio para o crescimento desmedido do Estado, mas sim como uma garantia de que este exista apenas para salvaguardar os direitos e a propriedade de cada indivíduo.


No mesmo sentido, a propriedade privada é uma extensão natural do indivíduo e está interligada com a liberdade e a busca pela felicidade. Ela permite que os indivíduos usem seus recursos e habilidades para criar riqueza, melhorar suas vidas e contribuir para o bem-estar da sociedade. Quando os direitos de propriedade são respeitados, ocorre uma maior alocação eficiente de recursos, o que estimula o empreendedorismo e a inovação.


O economista austríaco Friedrich Hayek, em sua obra "O Caminho da Servidão", argumentou que a propriedade privada é um pilar fundamental para a preservação da liberdade. Ele advertiu que, ao se permitir a crescente interferência do Estado na economia e nas decisões individuais, corre-se o risco de cair em uma sociedade controladora e totalitária, em que a liberdade é corroída em nome de uma suposta segurança coletiva.


Dessa maneira, a busca pela felicidade é uma aspiração intrínseca a cada ser humano. O pensador liberal John Stuart Mill destacou a importância de permitir que os indivíduos busquem sua própria felicidade, desde que isso não prejudique os demais. A busca pela felicidade está conectada à liberdade de escolha, à capacidade de traçar seu próprio caminho e de viver de acordo com seus valores e objetivos.


No mesmo sentido, o pensamento de Rose Wilder Lane se assemelha às ideias de Ayn Rand, que defendia a primazia do indivíduo e sua liberdade em relação ao coletivo. Rand acreditava que a busca pelo próprio interesse racional levaria a uma sociedade mais justa, em que os indivíduos cooperariam voluntariamente em benefício mútuo, sem a imposição de um poder central.


Ademais, Murray Rothbard, expoente do anarcocapitalismo, compartilhava da crença de que o Estado deve ser minimizado, pois, em última instância, é um mecanismo coercitivo que viola os direitos individuais em vez de protegê-los. Para Rothbard, a liberdade individual e a propriedade privada são os alicerces de uma ordem social próspera e voluntária.


Ao colocar o indivíduo no centro da sociedade, a frase de Rose Wilder Lane questiona, também, o papel do Estado e do governo. É importante defender a importância da vida, da liberdade, da propriedade privada e da busca pela felicidade como valores essenciais na construção de uma sociedade livre e justa.


Ao reconhecer a autonomia do indivíduo e proteger seus direitos, é possível promover e valorizar a liberdade como valor de qualquer grupo de indivíduos. A busca contínua por uma sociedade mais livre e justa é um desafio que requer diálogo e respeito pelas diferenças, o que coloca, assim, o indivíduo como protagonista de sua própria vida.


Leonard Batista, Associado III.

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