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Como impactar de forma efetiva a cultura corporativa - Texto VIII

Artigo de Opinião - Por André Paris, Associado II do Instituto Líderes do Amanhã


Continuando nossa série de textos sobre como uma empresa pode influenciar o comportamento de seus funcionários e, por extensão, sua cultura corporativa, compartilho, no texto de hoje, as implicações de um experimento relacionado à memória e conduzido pelo ex-psicólogo cognitivo Ulric Neisser.


O que você almoçou hoje?


Outro experimento sobre memória foi conduzido pelo ex-psicólogo cognitivo Ulric Neisser[1]. Logo após a explosão do ônibus espacial “Challenger”[2], o pesquisador pediu a 106 alunos calouros que escrevessem como souberam da explosão, onde estavam, dentre outras informações.


Quase três anos depois, o psicólogo cognitivo entrevistou novamente os mesmos alunos (agora veteranos) e fez as mesmas perguntas feitas três anos antes. Os resultados do experimento revelaram que nossa memória, mesmo de eventos marcantes (a explosão de ônibus espacial), não é tão precisa e duradoura quanto pensamos.


Apenas 10% dos 106 participantes recordaram o evento quase (e apenas quase) de forma perfeita, e 25% dos alunos apresentaram memórias muito diferentes sobre os eventos em comparação com as respostas dadas quase três anos antes.


Como você pode ver, as descobertas tanto dos experimentos de Neisser, como os de Ariely (tratados nos últimos textos da presente série) representam um desafio para as organizações.


Mas como mitigar o fato de que nossa memória não é tão boa quanto gostaríamos e atender a essa demanda de, constantemente, lembrar os valores éticos e de transparência da empresa aos seus membros e a terceiros relevantes?


No próximo texto da série sobre economia comportamental e compliance irei tratar sobre como, considerando os resultados dos experimentos relacionados à memória conduzidos por Ulric Neisser e Dan Ariely (e tratados nos últimos dois textos de nossa série), organizações podem mitigar o fato de que nossa memória não é tão boa quanto gostaríamos que ela fosse.

[1] NEISSER, Ulric Gustav. The Ecological Study of Memory. Philosophical Transactions: Biological Sciences, vol. 52: 1997, p. 1697-1701. [2] Challenger Explosion. History. Available on: https://www.history.com/topics/1980s/challenger-disaster. Accessed 29 may 2020.


André Paris, Associado II.

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