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A trajetória da prosperidade: Hong Kong e Cuba

Artigo de Opinião por Leonard Batista, Associado III do Instituto Líderes do Amanhã


Ao longo da história, foi testemunhado como diferentes sistemas econômicos e valores políticos podem moldar o destino de uma nação. Hong Kong e Cuba são exemplos notáveis de como a adoção de diferentes abordagens econômicas pode levar a resultados drasticamente distintos em termos de prosperidade. Enquanto Hong Kong prosperou com os valores liberais e a liberdade econômica, Cuba experimentou os desafios e limitações impostos pelo comunismo e planejamento central. Como explicar duas sociedades geograficamente semelhantes trilharem caminhos tão divergentes?


Desde o início do século XX, Hong Kong tem sido um exemplo notável de como a liberdade econômica pode impulsionar o progresso e a prosperidade. Sob a administração britânica, Hong Kong se tornou um importante centro financeiro e comercial, atraindo investimentos e empresas de todo o mundo. Seu ambiente de negócios favorável e baixas regulamentações permitiram um rápido crescimento econômico e desenvolvimento industrial.


Com baixos impostos, mão de obra altamente educada e infraestrutura eficiente, Hong Kong se tornou uma economia aberta ao comércio global. Isso estimulou a inovação, aumentou a produtividade e atraiu talentos empreendedores, resultando em uma das mais altas rendas per capita do mundo.


Por outro lado, Cuba seguiu um caminho diferente após a Revolução Cubana, em 1959, que culminou na adoção do comunismo como sistema político e econômico. O país passou por um processo de nacionalizações e de centralização da economia com um governo fortemente controlador. Isso resultou em uma economia estagnada e dependente de importações de bens básicos.


A falta de incentivos para empreendedorismo e iniciativa privada, combinada com uma burocracia excessiva, sufocou a capacidade de inovação e a competitividade da economia cubana. O planejamento central mostrou-se ineficiente na alocação de recursos e na resposta às mudanças do mercado, o que levou a escassez de produtos e serviços essenciais.


Um fator essencial para entender as diferenças entre Hong Kong e Cuba é a estabilidade política e o respeito às liberdades individuais. Hong Kong desfrutou de uma governança estável sob a administração britânica, o que permitiu o desenvolvimento de instituições sólidas e a proteção dos direitos de propriedade. Mesmo após a transferência do poder para a China, em 1997, o princípio "Um país, dois sistemas" preservou a autonomia e a liberdade econômica de Hong Kong, o que fortaleceu sua posição como centro financeiro e comercial global.


Enquanto isso, a instabilidade política e a supressão das liberdades individuais em Cuba sob o governo comunista contribuíram para um ambiente hostil ao investimento estrangeiro e ao desenvolvimento econômico. A falta de direitos de propriedade seguros e a falta de liberdade de expressão inibiram a inovação e a criatividade, o que prejudicou o crescimento econômico do país.


As histórias de Hong Kong e Cuba são provas contundentes do poder transformador dos valores liberais e da liberdade econômica. Enquanto Hong Kong abraçou a abertura ao comércio, o empreendedorismo e a proteção dos direitos de propriedade, Cuba enfrentou os desafios do planejamento central e da supressão das liberdades individuais.


A perpetuação desses valores, ao longo da história, moldou a trajetória econômica de ambos os países e os tornou tão distintos em termos de prosperidade. Hong Kong emergiu como uma potência econômica global, com alto padrão de vida, enquanto Cuba continua a enfrentar dificuldades econômicas e limitações impostas por um sistema falho.


A lição a ser aprendida é que a liberdade econômica e o respeito às liberdades individuais são fundamentais para criar um ambiente propício ao crescimento e ao desenvolvimento. Como exemplos vivos, Hong Kong e Cuba continuam a lembrar da importância de valores liberais como uma alavanca para a prosperidade e uma sociedade mais justa e próspera.


Leonard Batista, Associado III.

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