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A sandice de replicar ações pregressas pelo Estado

Artigo de Opinião por Raphael Ribeiro, Associado I do Instituto Líderes do Amanhã


É impressionante como as gerações brasileiras mais jovens têm dificuldade em aprender com os erros das anteriores, especialmente no que diz respeito ao discurso do Estado em promover mudanças nas áreas de segurança, saúde e educação. Nunca há uma proposta real e tangível que trará impactos significativos, pois sempre é mais do mesmo, o que inclui gastos exacerbados, ações com leis que impedem a iniciativa privada e investimentos externos no país e o consequente aumento de impostos para justificar a elevação dos custos, pois, no fim, como disse Margaret Thatcher “Não existe dinheiro do Estado, existe dinheiro dos contribuintes.”, essa conta sempre chega para a população.


Com todo esse histórico, o atual governo está buscando fortalecer a indústria automobilística, como fez em seus governos anteriores e garantiu um resultado interessante, visto que a economia global era propensa para isso e agora está com o projeto para “inovar” no segmento popular, ao recriar a possibilidade para a classe média adquirir carros mais acessíveis a partir de isenção de alguns impostos, como ICMS e IPI, para desonerar o custo final de veículos com valor de até R$ 120.000,00.


De certa forma, parece ser algo incrível, pois favorecerá diversos setores de prestação de serviço e os grandes bancos poderão fornecer crédito, mesmo num cenário de juros elevadíssimos e a indústria automobilística conseguirá retomar as vendas de carros novos que têm caído drasticamente nos últimos 5 anos. O grande problema é que essa perda de recolhimento de impostos gerará um impacto nos cofres públicos na casa de bilhões e, com essa causa efeito e a medida adotada será reonerar o custo do diesel no que foi dado anteriormente, como uma medida para impedir um impacto em cadeia em todo o ciclo econômico brasileiro.


Por fim, o que mais impressiona é a inteligência dos estadistas em conseguir promover projetos que não gerarão nenhum resultado de médio e longo prazo, visto que a economia não tem mostrado evolução significativa nos últimos meses, o desemprego tem aumentado, os gastos do Estado têm crescido exponencialmente, a inflação aparentemente tem mantido um padrão devido as ações do Banco Central em manter a linha dura nas taxas de juros básico. Mas e o que vemos do Estado? As famosas balas de prata que beiram a irracionalidade, aumentam o endividamento da máquina pública e estão apenas tapando o sol com a peneira. Como diria Ludwig Von Mises, “Os piores males que a humanidade já teve de suportar foram infligidos por maus governos”, e, com essa ação do Diesel, o governo fará a arrecadação de 6 bilhões, mas o custo será repassado ao consumidor, como costumeiramente acontece.


Ações de sandice, pois visam retornos diferentes, porém continuam a realizar as mesmas medidas, fornecer um alento para a população mais pobre a curto prazo e ,por fim, torná-los escravos e dependentes do Estado salvífico. Talvez a maior sandice é o silêncio da sociedade em continuar realizando as mesmas coisas, ao aceitar tudo de bom grado quando uma ação não a prejudica no momento e na expectativa de melhores dias no aconchego de seu sofá. Por fim, os políticos governantes são reflexo da maioria populacional que vive o delírio de continuar realizando o mesmo voto de confiança para com os burocratas, pensando que esses levarão a sociedade ao futuro melhor. Ações iguais, resultados cada vez mais preocupantes e essa é a república democrática brasileira, desordem e regresso.


Raphael Ribeiro, Associado I.

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