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A inabilidade de pensar: a consequência da robotização e o desafio da gestão

Artigo de Opinião por Raphael Ribeiro, Associado I do Instituto Líderes do Amanhã


O ano de 2023 está provando que a revolução tecnológica não foi interrompida ou atrasada pela pandemia. Na verdade, evoluiu muito mais rápido do que em qualquer outro momento, principalmente pelo avanço da inteligência artificial. Esse novo cenário mundial será desafiador, pois o ser humano perderá o espaço em diversos segmentos com a premissa da concentração na arte de “pensar”. Entretanto, o que se observa é uma geração dependente da tecnologia para realizar o trivial, não conseguindo sequer decorar sequencias numéricas básicas e exercer a criatividade para a resolução de problemas simples e de baixíssima inteligência emocional, para que seja possível lidar com as nuances da vida real. O desafio de entender essa nova geração ilimitada de acesso ao conhecimento, mas ignorante no que tange ao abstraí-lo, é o que os líderes da atualidade e futuro necessitam aprender, além de se reinventar e auxiliar os indivíduos para que a sociedade continue progredindo.


Essa preocupação é latente para todos os atuais líderes mundiais, pois criar equipes de alta performance no cenário atual é desafiador, haja visto que se for adicionado o fator inteligência artificial, haverá inúmeras possibilidades de avanço em alguns pontos. Entrentanto, tornará mais complexos os problemas atuais em relação ao aprimoramento de habilidades nos indivíduos, como a inteligência emocional para lidar com os problemas diários, raciocínio lógico, resolução de problemas complexos, o trabalho em equipes multidisciplinares e o pensamento crítico, um dos mais importantes na atualidade.


Essas skills são essenciais para o desenvolvimento de indivíduos brilhantes e, consequentemente, de equipes sensacionais que mudam o mundo. Na obra “Equipes Brilhantes”, o autor Daniel Coyle, aborda diversos pontos para criar um ambiente propício e sustentável para a individualidade aflorar. Porém, assim como Coyle, outros autores que discorrem sobre liderança pouco abordam sobre esse novo desafio, o excesso de facilidades e a necessidade de reinvenção da gestão para continuar colhendo os resultados necessários. É verdade que se reinventar não é fácil. Porém, é obrigatório que as mudanças ocorram para que a sociedade continue a evoluir. Alguns são retardatários nesse ponto, outros são denominados como inovadores ou até “loucos” pelos mais tradicionais de dada época. O que importa, de fato, é que, para o mundo tornar-se sustentável, as mudanças são obrigatórias, e as consequentes adaptações necessárias para evoluirmos do estado atual para um estado futuro, o qual normalmente é melhor. Existem diversas perguntas a serem respondidas quando existe a discussão sobre a inteligência artificial, mas a principal é: Quais são as consequências a longo prazo? Pois o ser humano tem abandonado o raciocínio lógico, a criatividade e abstração de informações, pois existe uma máquina capaz de realizar tudo isso de forma rápida e ininterrupta. Qual será o reflexo disso nos cenários de inovação? Haverá uma cessão filosófica? Extinguirá a arte? E as músicas e poesias? E o mundo dos negócios? Muitas perguntas sem resposta. Mas como ainda os individuos são os que fazem, estes estão no controle. Portanto, o individuo guia a sociedade para o futuro que este anseia, é o ser humano a pensar, a gerir, a criar, ou parafraseando Ayn Rand, a tornar o futuro a nossa maneira, no presente.

Raphael Ribeiro, Associado I.

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