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5 Avanços Que o James Webb Pode Trazer Para Nossa Vida Cotidiana

Artigo de Opinião - Por Leonard Batista, Associado III do Instituto Líderes do Amanhã


Em julho de 2022, o mundo foi surpreendido com fantásticas imagens do universo disponibilizadas pela NASA. As fotos foram registradas pelo Telescópio Espacial James Webb que foi desenvolvido pela agência americana, pela Agência Espacial Europeia (ESA) e a também pela Agência Espacial Canadense (CSA). O equipamento foi lançado ao espaço em dezembro de 2021 e, além de observar a formação das primeiras estrelas, estudará a evolução das galáxias e dos processos de formação dos planetas.


Astrônomos ao redor do mundo estão ansiosos por desenvolver suas pesquisas com as novas imagens que serão obtidas. No entanto, o equipamento também trará uma série de mudanças científicas que não têm relação com o espaço. Nesse sentido, o presente artigo tem por objetivo tratar das aplicações tecnológicas criadas para a construção do telescópio e que mudarão nosso dia a dia.


1. Circuitos – Projetados para aplicações específicas, os ASIC (sigla do inglês Application Specific Integrated Circuit) contrastam com seus predecessores que possuíam aplicação geral e, por isso, não entregavam sua melhor performance. Fisicamente, são capazes de trabalhar em baixas temperaturas sem esquentar os sistemas próximos, e sua utilização na computação tornará os computadores ainda mais eficientes.


2. Sensores – O HAWAII-2RG é um sensor ótico de última geração capaz de detectar movimentos em milésimos de segundo. A tecnologia permitirá ao telescópio a possibilidade de captar imagens precisas, mesmo permanecendo em um mesmo foco por muito tempo.


3. Metalurgia – A estrutura criada para suportar as instalações do telescópio é chamada de Backplane. Foi desenvolvida em uma combinação de grafite com titânio e liga de ferro e níquel. A armação, que abrange uma quadra de tênis e suporta 1,4 toneladas, é um marco importante para as indústrias automobilística e aeronáutica.


4. Materiais leves – Para a captação de luz, foi criado um espelho de 6,5 metros de diâmetro. Por ser muito grande, foi necessário criar uma liga leve de berílio e ouro com 10 vezes menos peso que o normal.


5. Medicina – A chamada LASIK (sigla do inglês para Laser-Assisted in situ Keratomileusis) é utilizada na medição e captação de estrelas. A tecnologia já é utilizada em cirurgias e utilizam o método de mapeamento de estrelas para mapear córneas e aumentar a precisão da correção ocular.


Na teoria, a pesquisa e desenvolvimento do James Webb afetaria áreas específicas de conhecimento. Na prática, sua construção gerou um desenvolvimento tecnológico com uso em diversas outras áreas. Já vemos aplicações em nosso dia a dia e, em breve, teremos transformações ainda maiores. Por enquanto, para saciar nossa ansiedade pelos resultados que virão, podemos continuar desfrutando de suas belas imagens.


Leonard Batista, Associado III.

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